Integrantes do grupo de advogados do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como “Careca”, consideraram nesta sexta-feira, 9, que a investigação da operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, está repleta de vícios. O posicionamento dos advogados foi feito por meio de nota, em texto que não especifica qual seria a irregularidade ocorrida ao longo do processo.
“A defesa de Jayme Alves de Oliveira Filho esclarece, ainda, que a investigação criminal se encontra repleta de vícios e irregularidades, os quais serão oportuna e devidamente demonstrados no curso da ação penal”, diz trecho da nota assinada pelos advogados Tatiana Maia, Rafael Moraes e Antônio Martins.
Os defensores também voltam a criticar a divulgação de trechos do depoimento prestado por Oliveira Filho no âmbito da Lava Jato. “A defesa vem novamente a público repugnar o vazamento seletivo de informações, o que vem demonstrando o uso da investigação criminal para atendimento de interesses e fins políticos. A esse respeito, informa que solicitou providências ao juízo criminal para apuração e responsabilização pela divulgação irresponsável de dados sigilosos, o que em muito vem prejudicando a defesa do acusado”.
Tabela apreendida pela Polícia Federal em um escritório do doleiro Alberto Youssef, um dos chefes do esquema investigado na Operação Lava Jato, indica que o Jayme Alves de Oliveira Filho fez ao menos 31 entregas de dinheiro vivo entre 2011 e 2012. O valor distribuído chegou a R$ 16,9 milhões. Careca, como é conhecido, é apontado pelos investigadores como um dos “carregadores de malas” do doleiro. Em depoimento à Polícia Federal, Jayme Careca disse ter entregue R$ 1 milhão para o senador eleito Antonio Anastasia (PSDB-MG). O tucana nega ter recebido o dinheiro do doleiro Youssef.