A defesa do ex-presidente Fernando Collor afirmou, nesta quarta-feira, 20, que a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o senador foi oferecida “açodadamente”. Eles argumentam que Collor nunca foi ouvido sobre o suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras e que ele havia sido intimado para depor na Polícia Federal no próximo dia 28.

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“As razões que levaram a Procuradoria-Geral da República ao oferecimento de denúncia antes da inquirição do senador e antes mesmo da conclusão do inquérito policial parecem atender interesses e conveniências outras que não se coadunam com a melhor apuração dos fatos”, diz a nota.

Segundo a defesa, comandada pelo o advogado Rogério Marcolini, o ex-presidente se ofereceu por duas vezes para prestar esclarecimentos sobre o caso e os depoimentos foram desmarcados pela PF.

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“É sintomático e preocupante o oferecimento de denúncia contra qualquer cidadão sem que antes lhe seja dado o direito de ser ouvido, circunstância ainda mais gravosa quando o destinatário da acusação exerce mandato parlamentar, com representação legitimada nas urnas”, diz o texto.

Mais cedo, o ex-presidente já havia se pronunciado sobre o caso nas redes sociais. Para ele, a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi construída sob “sucessivos lances espetaculosos”. Ele também destacou o fato de não ter sido ouvido pela PF e acusou a PGR de fazer a “opção pelo festim midiático, em detrimento do direito e das garantias individuais”.

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