Os advogados do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM), pediram hoje ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a revogação da prisão preventiva decretada no mês passado. A defesa alega excesso de prazo para a prisão e afirma que, em razão de problemas de saúde, Arruda deveria deixar a carceragem da Polícia Federal.
O pedido deve ser julgado amanhã pela Corte Especial do STJ. Foi a mesma Corte Especial que decretou, por 12 votos a 2, a prisão preventiva de Arruda no dia 11 de fevereiro diante dos indícios de que estaria tentando obstruir as investigações. Naquela sessão, apenas os ministros Nilson Naves e Teori Zavascki votaram contra a prisão.
A tentativa de tirar Arruda da cadeia no STJ é a alternativa que os advogados encontraram depois da derrota por 9 votos a 1 no Supremo Tribunal Federal (STF). Há duas semanas, os ministros do STF negaram o pedido de liberdade.
O pedido, protocolado hoje no STJ, deve ser encaminhado ao ministro Fernando Gonçalves, relator dos inquéritos abertos para investigar o “mensalão do DEM” no Distrito Federal e a tentativa de suborno de testemunhas no processo.
O pedido da defesa é feito no mesmo dia em que foram divulgados os resultados dos exames médicos do governador. Hoje, ao deixar a sede da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, o médico de Arruda, Brasil Caiado, revelou que o governador está com 50% da artéria principal do coração obstruída e terá que se submeter a um cateterismo – processo cirúrgico para exame detalhado das coronárias ou correção de problemas cardiovasculares.