O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou nesta terça-feira, 13, que as liminares concedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela manhã suspenderam o rito que o “Clube do Golpe” havia estabelecido arbitrariamente para querer dar início ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, “eleita legitimamente pela maioria dos brasileiros”.

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Para o petista, as decisões do STF barraram a “escalada golpista que a oposição empreende desesperadamente no País neste momento”.

“O que fez o Supremo foi dizer que o presidente da Câmara dos Deputados (Eduardo Cunha) não pode continuar subvertendo as leis aos seus caprichos e às suas vontades. O que determinou o STF foi que esse deputado tem que se vergar ao que manda a Constituição e ao que já foi sumulado pela própria corte institucional, que o Sr. Eduardo Cunha não pode abrir brechas na lei”, disse ele, em discurso da tribuna do Senado.

Para o petista, essa “vergonhosa conjura antidemocrática” foi desmascarada pelo STF, que a desarmou, momentaneamente, até que os ministros da Corte se pronunciem sobre o mérito da questão.

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Costa chamou de “golpe de republiqueta” feita em “tabelinha” a manobra articulada pela oposição com Cunha, rechaçada pelo Supremo. Os oposicionistas pretendiam recorrer ao plenário da Câmara assim que Cunha rejeitasse individualmente o pedido de abrir processo de impeachment contra Dilma.

O líder do PT insinuou ser jogo de cena a nota divulgada no fim de semana apresentada por líderes da oposição na Câmara que pediram o afastamento de Cunha após a revelação de que ele mantém contas no exterior não declaradas legalmente – em parte de recursos que teriam sido desviados da Petrobras.

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“Então, que ninguém se engane: o senhor Eduardo Cunha age com todo o respaldo do PSDB, do DEM, do PPS, do Solidariedade, que o apoiam irrestritamente para, de forma imoral, golpear uma presidenta eleita pelo voto popular”, criticou Costa.

Derrota

Ao citar reportagem do jornal O Estado de S. Paulo segundo a qual a auditoria requerida pelo PSDB atestou que não houve fraude nas eleições, Costa ironizou o senador Aécio Neves (MG), candidato tucano derrotado por Dilma em outubro.

O petista insinuou que ele sofre de “síndrome de dono da bola”, “a síndrome daquele menino que é dono da bola e que não o deixam fazer o gol. Então, ele resolver segurar a bola, levá-la para casa e talvez jogar sozinho, porque aí vai satisfazer o seu desejo de se tornar artilheiro”.

“Talvez seja uma dura notícia para o presidente do PSDB, o ilustre senador Aécio Neves. Mas se alguém no PSDB ainda não deu a notícia a ele, que o faça: foi confirmado, mais uma vez, que ele perdeu as eleições”, disse.