O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta sexta-feira que o PSB, do presidenciável Eduardo Campos, “terá que ter um argumento muito bom” para justificar um possível rompimento da aliança com os tucanos em Minas Gerais e o lançamento de uma candidatura própria socialista ao governo do Estado mineiro.
Aécio disse ter recebido nesta semana um telefonema do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB), candidato ao Senado, dizendo-se surpreso com notícias de que o PSB vai deixar a aliança com o PSDB.
“Não fizemos uma aliança para esta eleição. Temos uma aliança em favor de um projeto que vem sendo desenvolvido há muitos anos em Minas Gerais. Se houver uma mudança, a decisão será exclusivamente deles. Vão ter que encontrar um discurso para justificar o rompimento neste momento pré-eleitoral. Eu vou sempre honrar os compromissos que assumo. O presidente do PSB, Eduardo Campos, ainda não me procurou”, afirmou Aécio, que participou de reunião com empresários em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Aécio disse que, se a aliança PSB-PSDB em Minas terminar, os tucanos de Pernambuco tomarão uma decisão sobre a manutenção ou não do apoio ao PSB naquele Estado. Segundo Aécio, o quadro eleitoral em Minas não terá necessariamente como resposta o lançamento de uma candidatura tucana em Pernambuco.
Aécio disse que o primeiro grande ato político reunindo todos os partidos que o apoiam no Rio acontecerá no dia 5 de junho e vai reunir parte do PMDB, PP, PPS, Solidariedade e PSD.
Questionado sobre como pretende reduzir o favoritismo da presidente Dilma Rousseff no Estado do Rio, Aécio disse que as diferenças entre seu projeto e o do PT ficarão mais claras ao longo da campanha. “Existe uma desconexão das promessas da presidente com a realidade do Brasil. Hoje assistimos a um Brasil virtual, quase uma lavagem cerebral na cabeça do eleitor”, afirmou Aécio.
“Nossos palanques são mais sólidos que os do PT. Nós conquistamos 90% dos `planos A’ que tínhamos nos Estados”, afirmou o tucano, referindo-se aos acordos firmados com outros partidos para a próxima eleição.