A presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de outros líderes do PSDB em debates que serão promovidos pelo diretório mineiro da legenda a partir da próxima semana podem representar um “afunilamento” do partido em direção à candidatura do senador tucano Aécio Neves (MG) à Presidência em 2014. É a avaliação do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), para quem o senador é “o candidato ideal nesse momento”.

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Na próxima segunda-feira (25), FHC abrirá em Belo Horizonte um ciclo de debates mensais intitulados “Minas Pensa o Brasil”. O ex-presidente já propôs, em dezembro, o nome de Aécio para a corrida presidencial de 2014. A candidatura do senador é defendida também pelo presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, e por outros caciques tucanos que também devem participar dos eventos na capital mineira.

“As coisas vão se afunilando. Claro que não adianta colocar o carro na frente dos bois. Mas já há uma sensação de que as coisas vão acontecendo. Aqui em Minas Gerais e em diversos outros Estados há esse sentimento de que o senador Aécio é o candidato ideal nesse momento. Espero que assim seja”, afirmou nesta terça-feira o governador mineiro.

Na segunda-feira (18), Guerra voltou a defender a candidatura de Aécio e disse ser a favor de que o partido defina o nome do presidenciável tucano já este ano, por meio de prévias. Segundo Anastasia – que foi vice no segundo mandato de Aécio no Executivo de Minas e o sucedeu no cargo -, o senador quer a definição da candidatura “dentro de uma situação de consenso, de apoio de todas as forças políticas do partido”, mas não se opõem à escolha por meio de votação interna. “Já falávamos em prévias em 2010. Nunca houve nenhuma oposição ao modelo da parte das nossas forças políticas”, observou.

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Investimentos

As declarações de Anastasia foram dadas em evento no qual anunciou investimentos de R$ 28 bilhões a serem feitos principalmente em infraestrutura, educação, saúde, segurança pública e desenvolvimento social. Do total de recursos, cerca de R$ 9 bilhões são oriundos de empréstimos feitos pelo governo mineiro e o restante será de verba orçamentária da administração direta e das empresas controladas pelo Executivo estadual.

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De acordo com o governador, apesar de a previsão de que parte da verba seja aplicada apenas em 2014, os investimentos não têm cunho eleitoral. “Isso acontece há muitas décadas, em todos os Estados e no Brasil. São investimentos previstos no orçamento. Faz parte do planejamento normal, cotidiano, de toda administração”, salientou. Nos dois primeiros anos da gestão de Anastasia foram investidos R$ 22,9 bilhões, segundo a Secretaria de Estado de Governo (Segov) de Minas.