O deputado Doutor Rosinha (PT-PR) afirma que reagirá às articulações existentes na Câmara e no Senado para que coincidam, no plenário, as votações do Orçamento e do projeto de resolução que abre vagas no Parlasul a parlamentares derrotados nas eleições. Ele diz que, se necessário, vai obstruir a votação. O deputado explica que bastaria pedir a verificação do quórum para derrubar a sessão.
“Não permitirei esse tipo de vexame”, afirma o deputado, lembrando que segunda-feira passada o Conselho do Mercado Comum (CMC), órgão máximo do Mercosul, aprovou a resolução que torna obrigatória a substituição dos atuais membros do Parlasul, cujos mandatos terminam no próximo dia 31, por outros que também tenham mandato popular. “Se eles (os sem mandato) insistirem, não serão empossados”, avisa o deputado.
A insistência, nesse caso, parte sobretudo da bancada do PMDB da Câmara, que já teria escolhido seus representantes entre os que não conseguiram renovar o mandato. É a segunda ameaça capaz de obstruir a votação do Orçamento, prevista para amanhã. O PDT também promete brecar as atividades do plenário – não pelo Parlasul – mas para protestar pela decisão da relatora do Orçamento, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), de não elevar a previsão do salário mínimo do ano que vem, de R$ 540 para R$ 580.