O bloco de oposição ao prefeito Cássio Taniguchi (PFL) na Câmara Municipal de Curitiba acaba de ganhar mais dois novos integrantes, subindo para treze. Jairo Marcelino, que estava no PSB, teve sua ficha abonada pelo presidente estadual do PDT, senador Osmar Dias; e o vereador Éde Abib, saiu do ninho tucano para ingressar no PMDB, após ser convidado pelo governador Roberto Requião.
Os protestos dos vereadores de nada adiantou. Paulo Salamuni, líder do bloco de oposição e do PMDB na Câmara ficou indignado com o convite, e denuncia que esta é uma tática da situação para conseguir reeleger seus vereadores. “A turma do Cássio está dividindo os vereadores em grupos para que todos possam voltar. É inaceitável que isso aconteça”, afirmou.
Segundo Salamuni, assim que a ficha for abonada, ele entrará com um pedido de impugnação. “Ele assinou a CPI do caixa 2 do PMDB, do Super Sopa e do Trânsito, votou a favor dos bingos e nunca quis apurar o caixa 2 da campanha do Taniguchi. Agora o Requião passa o rolo compressor por cima e o aceita no partido. Isso é uma brincadeira”.
Acordo
Ele lembrou ainda que havia um acordo entre a bancada da Câmara e o presidente municipal do PMDB, Doático Santos, de que nenhum vereador com mandato seria aceito sem que os demais fossem ouvidos. “O princípio é inegociável, o Requião não tem consideração com seus companheiros. Todos sabem que está havendo uma distribuição dos vereadores, que agora conta com a chancela do nosso governador”.
Salamuni afirma ainda que Éde Abib nunca teve postura de oposição à administração municipal. “Ele já foi do PTB, do PFL e do PSDB, ou seja, ele não tem posição progressista. Vou entrar com pedido de impugnação na executiva municipal, mas se preciso vou recorrer até a nacional”, garantiu.
Abib desfiliou-se do PSDB na sexta-feira, no mesmo dia em que teve sua ficha abonada por Requião. Quanto à sua posição política, que sempre foi de apoio ao grupo do prefeito, Abib afirmou que agora irá votar segundo seu novo partido.
