A Central Única dos Trabalhadores (CUT) rejeita o rótulo de que os atos marcados para a sexta-feira (13), em 24 capitais brasileiras, no qual participarão outras entidades ligadas ao movimento social, são em apoio à presidente Dilma Rousseff. Em São Paulo, o ato acontece em frente à sede da Petrobrás, na Avenida Paulista, uma hora antes de um protesto a favor do impeachment da presidente, que acontece no mesmo local.

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Com um discurso recheado de críticas à postura da presidente diante de pautas que envolvem o direito dos trabalhadores, o sindicalista refuta as críticas de que a central se tornou governista. “A CUT não tem compromisso de defender o governo. Vamos defender os direitos dos trabalhadores, a Petrobrás, a democracia e a reforma política”, afirma o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos.

Por outro lado, a central está longe de adotar uma postura de enfrentamento ao governo, como já o fez quando o presidente não era do PT. “A presidente não tem atendido nossas reivindicações, mas temos todo interesse que esse projeto, que foi responsável por uma maior distribuição de renda e valorização do salário, dê certo”, disse.

Em julho do ano passado, durante evento em Guarulhos que teve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como fiador, a CUT entregou uma lista de reivindicações à então candidata à reeleição Dilma Rousseff. Seriam as condicionantes para a central declarar apoio à petista. “Até hoje não tivemos retorno daquela pauta que entregamos”, disse Adi oito meses depois. “Demos um aval do apoio a seu projeto que não foi atendido”, completa.

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Ele relata que “no chão da fábrica”, em referência aos filiados da central, há um sentimento geral de insatisfação com as medidas adotadas pela presidente após a reeleição, que segundo ele atentam contra o direito dos trabalhadores. O sindicalista cita como exemplo a postura do Planalto em alterar a alíquota do Imposto de Renda, seguro-desemprego, abono salarial e pensão. “Queríamos que a presidente chamasse os trabalhadores para conversar, o que não aconteceu até agora”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.