Um curitibano por adoção pode ser eleito senador da república na Itália. O advogado Walter Petruzziello, que nasceu na Itália mas reside em Curitiba desde os sete anos de idade concorre a uma das vagas destinadas a cidadãos residentes no exterior para o parlamento italiano.
Nas eleições gerais marcadas para o próximo mês, serão eleitos seis senadores e 12 deputados residentes no exterior, dos quais dois senadores e três deputados serão da América do Sul.
A eleição ocorre dois anos após o pleito de 2006, devido à renúncia do premier Romano Prodi e a conseqüente dissolução do Parlamento. A eleição de 2006 foi a primeira em que foram destinadas cadeiras para residentes no exterior. O trabalho e o peso do voto de um parlamentar residente no exterior são idênticos ao de um congressista italiano.
Com participações na Comunidade Italiana no Brasil, Comite dos Italianos no Exterior e Conselho Geral dos Italianos no Exterior, Walter, que já participou da eleição em 2006, sendo o brasileiro mais votado, mas perdendo para o argentino Luigi Pallaro, do mesmo partido, pretende disputar uma vaga no Senado para legislar em favor dos italianos no Brasil. ?Todos esses órgãos que participei são consultivos. Apesar de brigarmos bastante, não conseguíamos grandes avanços. Por isso quero atuar no legislativo, para lutar por leis?, disse, revelando que, se eleito, irá atuar para melhorar a estrutura consular, aumentando o orçamento e o número de funcionários dos órgãos de relações exteriores, para dar um atendimento de qualidade aos italianos fora da Itália. ?Se a Itália deu direitos aos cidadãos no exterior, tem de dar condições para que sejam exercidos?, disse.
As eleições na Itália estão marcadas para os dias 13 e 14 de abril. No Brasil, os votos terão de ser entregues aos consulados até o dia 10. Todo o cidadão italiano, seja nascido na Itália ou com dupla cidadania está apto a votar e deverá receber, nos próximos dias, seu envelope com as cédulas de votação. No Brasil são 200 mil cidadãos em condições de votar. ?É muito importante que todos no Brasil procurem votar, pois a Argentina tem 400 mil eleitores e lá a campanha é muito mais organizada. É muito difícil competir com os argentinos?, conclama Petruzziello.