Foto: Orlando Kissner/SMCS

Richa: novas alternativas.

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Sem previsão para receber os repasses do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU) retidos pelo governo estadual desde o início do ano passado, a Prefeitura de Curitiba segue buscando novos parceiros para tentar dar seqüência ao cronograma de obras programadas para os R$ 63 milhões acordados com o governo do Estado.

O prefeito Beto Richa (PSDB) anunciou ontem a abertura de licitação para construir o Hospital Municipal de Gerontologia e Clínica Médica de Curitiba, um investimento de R$ 14,2 milhões que, agora, será viabilizado graças a convênio com o governo federal.

O Ministério da Saúde destinará R$ 11,9 milhões à obra, o restante será completado com recursos próprios da prefeitura. ?Graças à excelência de nosso projeto, reconhecida pelo governo federal, obtivemos esses recursos para uma obra de grande importância para os curitibanos. A população não pode ser prejudicada. Estamos buscando alternativas de financiamento e fazendo as obras que a cidade precisa?, disse Beto.

O chamado ?Hospital do Idoso? será construído no Pinheirinho, em terreno da Prefeitura com área de 25 mil metros quadrados e terá 141 leitos, centro cirúrgico e pronto atendimento de emergências, entre outros equipamentos. O hospital deverá fazer cerca de 50 mil atendimentos e 10 mil internamentos por ano. ?A viabilização do Hospital de Gerontologia é uma grande conquista para a cidade e proporcionará uma melhoria geral na qualidade de vida das pessoas com mais de 60 anos?, afirma o vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, Luciano Ducci (PSB), idealizador da obra.

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O governo do Estado alega não poder repassar os recursos do FDU para a capital por conta da dívida que a prefeitura tem com o estado devido a construção da Cidade Industrial de Curitiba. Dívida que levou a cidade a ser incluída no Cadastro de Inadimplentes (Cadin). O Tribunal de Justiça (TJ) decidiu, no mérito que a cidade deveria ser retirada do Cadin, o que, para o município, era o único impedimento legal para o repasse. No entanto, o Estado alega que a retirada do cadastro não extingue a dívida e, por isso, não poderá fazer o repasse.

O procurador-geral do município, Ivan Bonilha, disse que vai aguardar a publicação do acórdão do TJ para estabelecer, formalmente, como cobrará o repasse. Porém, ele adiantou que pretende oficiar o governo ?e saber se mantém alguma restrição e sob qual argumento, uma vez que quando consultamos em outra oportunidade, o argumento foi o Cadin?. ?Mas a prefeitura não parou e nem vai parar, segue procurando outras fontes para gerir a cidade?, concluiu.

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