Com a visita do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, aos candidatos tucanos Luiz Carlos Hauly e Pedro Wosgrau e o reinicio da propaganda eleitoral em rádio e TV, começou para valer, ontem, a campanha do segundo turno das eleições municipais em Londrina e Ponta Grossa. Amanhã é a vez do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, prestar apoio pessoalmente ao candidato de seu partido em Ponta Grossa, Sandro Alex.
Guerra chegou no início da tarde em Londrina, reunindo-se com Hauly, que disputa o segundo turno com Antonio Belinati (PP). Participou de uma caminhada pelo centro da cidade, acompanhado dos senadores tucanos Alvaro Dias (PR), Marisa Serrano (MS) e Arthur Virgílio (AM) e do deputado federal Gustavo Fruet (PR), que manifestaram apoio a Hauly.
Por volta das 16 horas, Guerra e as lideranças tucanas foram a Ponta Grossa, onde participaram da campanha com Wosgrau, com uma caminhada pelo centro da cidade.
Além das visitas dos presidentes dos partidos, a semana também começa com as definições dos partidos derrotados no primeiro turno sobre a posição que tomarão para a votação do próximo dia 26.
Ontem, terceiro colocado nas eleições de Ponta Grossa, Jocelito Canto (PTB) declarou que seguirá neutro no segundo turno. “Não tenho afinidade com nenhum dos dois. Vou ficar na minha e deixar que o eleitor decida”, disse Canto, revelando que pensa em votar em branco no dia 26.
Já o PDT, do senador Osmar Dias, anunciou uma decisão curiosa. O partido estará ao lado do PSDB em Londrina, mas do lado oposto em Ponta Grossa. “Minha definição se dá pela lealdade de Sandro e do deputado Marcelo Rangel, que me apoiaram ao governo nas eleições de 2006.
Sandro Alex representa a renovação da política em Ponta Grossa”, disse Osmar Dias, informando que a decisão se deu em conjunto com o diretório municipal do partido.
Já em Londrina, o PDT, que ficou na terceira posição no primeiro turno, com o deputado federal Barbosa Neto, anunciou apoio a Hauly. “Meu apoio se dá com base na coerência e lealdade a quem considero que tem o melhor projeto para Londrina neste segundo turno”, disse, repetindo que também teve apoio de Hauly em 2006.
Com o apoio do PDT, Hauly conseguiu reunir os principais partidos em sua campanha. PPS, PMDB e, até o PT já haviam confirmado apoio ao tucano. O PT anunciou sua posição no último sábado, dizendo que irá recomendar voto ao Hauly, mas sem se envolver na campanha ou num possível governo.
“Por uma questão ética, não teríamos condições de indicar o voto no Belinati. Indicamos no Hauly, mas não estamos apoiando. Não vamos fazer campanha na rua. Seremos oposição ao próximo governo”, afirmou o deputado federal André Vargas, quinto colocado no primeiro turno em Londrina.
Para o presidente estadual do PP, deputado federal Ricardo Barros, a frente de partidos que se formou em torno da candidatura de Hauly pode ser positiva para o candidato de seu partido, Antonio Belinati (PP), que só recebeu apoio do PR.
“O eleitor não gosta de ver velhos adversários se juntando no mesmo palanque. Esse negócio de todos contra um é bom para ele (Belinati)”, disse Barros. O deputado informou que transferiu para Londrina, deixando à disposição de Belinati, a estrutura de campanha que reelegeu o prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), no primeiro turno.