A coordenação da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Paraná, anunciou para a próxima segunda-feira, dia 9, a adesão formal de um grupo de peemedebistas a Lula. Entre eles estaria o vice-governador Orlando Pessuti, dois secretários do governador licenciado Roberto Requião – Luiz Claudio Romanelli (Cohapar) e Maurício Requião (Educação) – e o presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos.
Mas o PMDB ainda hesita. Ontem, o vice-governador licenciado e candidato à reeleição disse que, pessoalmente, não tem dificuldades em apoiar Lula, mas que essa posição somente será tornada pública depois que conversar com Requião. Pessuti está no grupo que tem aconselhado o governador a manter a neutralidade na campanha eleitoral.
?Temos recebido apoios expressivos do PMDB e do PT. Nessa hora, é melhor manter a posição do primeiro turno?, falou o vice-governador. Pessuti disse que quer saber de Requião se está liberado para expor sua posição ou se deve esperar por uma decisão do partido. ?Não tenho dificuldades em apoiar o Lula?, afirmou.
Já o presidente da Cohapar e deputado estadual eleito, Luiz Claudio Romanelli, confirmou que irá declarar apoio ao presidente Lula. ?O meu apoio ao Lula é incondicional. Eu seria um ingrato se não reconhecesse que o programa habitacional que desenvolvi no governo foi baseado na participação do governo federal. Além disso, eu entendo que Lula é melhor para o Brasil do que o Geraldo Alckmin?, comentou.
Sobre a posição que deve ser adotada por Requião, Romanelli afirmou que é uma decisão difícil já que o governador licenciado tem apoio tanto do PT como do PSDB. Mas disse que Requião deve avaliar muito bem antes de optar pela neutralidade. Para Romanelli, os destinos de Lula e Requião estão entrelaçados. ?Estou convencido que se o Lula vencer esta eleição, nós vencemos. Se o Lula perder, nós perdemos também. Porque está em discussão uma questão de concepção de governo?, afirmou.
