Bate-boca, discursos vazios, enrolação… No Conselho de Ética da Câmara teve tudo isso, menos o que o conselho deveria ter feito desde o início: apreciar a cassação do presidente licenciado, Eduardo Cunha (PMDB).

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A longa e tumultuada reunião do Conselho de Ética terminou decidindo adiar a apreciação da cassação de Eduardo Cunha. O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), adiou para a quarta-feira (8) a votação do parecer.

“Vagabundo”, “ladrão”, “pilantra”, “patife”, “indecente” e “bandido”. Foi assim que o deputado Wladimir Costa (SD-PA) protagonizou um bate-boca com Zé Geraldo (PT-PA). O parlamentar do Solidariedade pediu a palavra depois de ser citado pelo petista, que como líder do partido no conselho, se pronunciou para rebater críticas de Costa ao PT.

“O deputado Wladimir Costa, nem que ele lave a boca dele com soda cáustica, ele vai poder falar mal do PT […] Está mais sujo do que pau de galinheiro, como se fala. Foi denunciado por malandragem, por falcatrua. É um picareta”, declarou Geraldo.

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Uma consulta de aliados à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) também pode dificultar a cassação de Cunha. A CCJ deve decidir na tarde desta terça-feira (07/06), se segue o parecer de Arthur Lira (PP-AL) segundo o qual o plenário da Câmara não poderia aplicar punição mais grave que a aprovada pelo Conselho de Ética.

Ou seja: apesar de ter elementos robustos, a cassação de Eduardo Cunha ainda é incógnita, para não dizer duvidosa. Ver para crer.

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