O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu se antecipar e pediu para ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na próxima quinta-feira, 12. O depoimento de Cunha antecederá a oitiva do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, marcado para o mesmo dia.

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Cunha é um dos 34 parlamentares investigados na operação Lava Jato. Na segunda-feira, 9, acusou o governo de interferência na lista enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Alguns parlamentares questionaram o pedido de Cunha. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) sugeriu que fossem votados os requerimentos de convocação de todos os investigados da Operação Lava Jato e que o depoimento de Cunha ficasse para outra ocasião, seguindo uma ordem de prioridade. “A CPI deveria escolher o melhor momento para ouvir esse depoimento. Isso pode ser prejudicial”, ponderou Valente.

Não é a primeira vez que o peemedebista antecipa um movimento político e se coloca à disposição para falar à CPI. Na primeira sessão do colegiado, Cunha surpreendeu os colegas ao comparecer à reunião e pedir para ser ouvido. “Este parlamentar faz questão e está à disposição para prestar esclarecimentos à CPI”, disse na ocasião o presidente. Durante a campanha pela presidência da Casa, Cunha denunciou uma suposta “alopragem” contra ele e pediu abertura de investigação na Polícia Federal.

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