O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai prestar depoimento nesta quarta-feira, 14, no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Michel Temer após a delação dos empresários do Grupo J&F.

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A oitiva está marcada para as 11h, na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba.

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Em manifestação enviada ao STF, porém, a defesa do peemedebista pede para que o depoimento seja adiado, pois os elementos do inquérito “não são de pleno conhecimento” de Cunha.

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Um eventual adiamento do depoimento depende do aval do relator do caso no Supremo, ministro Edson Fachin.

Gravação

Cunha, que está preso desde outubro em Curitiba, não é formalmente investigado no caso, mas foi citado na conversa entre o empresário Joesley Batista e Temer, que aconteceu no Palácio do Jaburu.

Na ocasião, o dono do frigorífico afirma havia “zerado as pendências” com Cunha. Joesley diz: “Eu tô de bem com o Eduardo”.

O presidente, então, responde: “É, tem que manter isso, viu?”.

A conversa foi gravada por Joesley e é contestada pela defesa de Temer. A perícia sobre a veracidade ainda não foi concluída pela PF.

Sobre Cunha, o empresário afirmou em sua delação premiada ter pago R$ 5 milhões após a prisão dele, em um “saldo de propina” remanescente que possuía.