O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), negou nesta terça-feira, 6, que a postura da oposição ao governo Dilma Rousseff seja “parcial”, ao ignorar as manifestações da Polícia Federal, do Ministério Público e também dos investigadores da Suíça em relação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Após participar de encontro liderado pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, Cunha Lima foi questionado sobre uma possível postura parcial da oposição em relação ao presidente da Câmara.

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“Não, em absoluto, não é parcial. O mesmo apoio que damos à instituição TCU nós damos a outras instituições do Poder Judiciário, para que as investigações sejam feitas com autonomia, com independência, para que todos os culpados sejam responsabilizados e punidos. Em nenhum instante a oposição buscou desqualificar o Supremo Tribunal Federal, o TCU ou o Superior Tribunal de Justiça, como faz de forma reiterada o governo do PT”, respondeu o senador tucano.

Pouco antes de ser questionado sobre Eduardo Cunha, o senador do PSDB chamou de “crime fiscal” a prática das “pedaladas fiscais” por parte do governo Dilma Rousseff. As pedaladas, reveladas pelo jornal Estado de S.Paulo no ano passado, constituem uma das distorções apontadas pelo ministro-relator Augusto Nardes para justificar a rejeição das contas do governo em 2014, que serão julgadas amanhã pelo TCU.

O governo, nesta segunda-feira, 5, entrou com um pedido de suspeição e afastamento de Nardes da relatoria do processo, alegando antecipação de voto por parte de Nardes, o que é vedado pela Lei da Magistratura, a qual os ministros do TCU são submetidos. A oposição buscou o TCU hoje para, segundo palavras de Aécio Neves, “defender as instituições”.

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