Ao deixar a Câmara dos Deputados na noite desta quinta-feira, 19, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que está tentando ajudar o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no debate sobre o pacote de ajuste fiscal no Congresso. “Estou tentando convencer aqueles que não estão (convencidos)”, disse Cunha.
Levy esteve ontem na Câmara dos Deputados para conversar com Cunha sobre o trâmite das Medidas Provisórias. Segundo o presidente da Câmara, o ministro quis saber como as propostas do governo serão conduzidas na Casa. Hoje, o peemedebista não mencionou nenhum outro encontro com o ministro da Fazenda.
Cid
Após a saída tumultuada de Cid Gomes do Ministério da Educação, Cunha pregou mudanças na articulação política do governo. Com a demissão, o peemedebista afirmou que é preciso acompanhar agora os próximos passos do governo na direção de melhorar o diálogo com o Congresso. “O problema não é de gesto, é de mudança de articulação política”, avaliou.
Sobre a substituição de Cid na pasta, Cunha reiterou que o PMDB não pleiteia “cargo nenhum”. Contrariado com o fato de ter sido chamado por Cid de “achacador” em plena sessão da Comissão Geral, o presidente da Câmara aproveitou para alfinetá-lo. “Ou ele fez deliberadamente ou deve se achar inimputável como um indígena”, provocou.