Cunha diz que cancelou sessão da Câmara que votaria teto do funcionalismo

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta quarta-feira, 25, que cancelou a sessão da Casa prevista para a tarde de hoje. Apesar de reconhecer que a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), afetou o Congresso como um todo, o peemedebista justificou que o cancelamento se deu em razão da falta de consenso sobre o projeto de Lei do Executivo que fixa novas normas para o cálculo do teto de remuneração do servidor público e dos agentes políticos previsto na Constituição, que tranca a pauta.

“Tem uma divergência muito grande ai, porque tem um relatório aprovado na Comissão de Trabalho que já foi aprovado na CCJ e um que não foi aprovado na Comissão de Finanças. O da Comissão de Trabalho é extremamente benevolente ao aumentar o vazamento do teto e da de Finanças é extremamente radical”, explicou.

Segundo ele, o governo tinha ficado de fazer hoje uma rodada de negociações em busca de um consenso para o texto, para que pudesse ser votado amanhã, mas cancelou as reuniões após a prisão de Delcídio. Cunha ressaltou que só ontem percebeu que o projeto de Lei do teto do funcionalismo tranca a pauta da Câmara antes do projeto de Lei que tipifica o terrorismo.

“Não adiantaria nada abrir a sessão hoje. Independente da confusão (no Senado), temos um problema da natureza de trancamento do teto, no qual o governo não quer votar o texto que está aí e não tem consenso para votar”, afirmou. “Não sei nem se vai resolver até amanhã, em função disso aí (prisão de Delcídio)”, emendou.

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