O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta terça-feira, 29, que deve haver disputa para a liderança do PMDB no início do ano e fez críticas ao atual líder do partido na casa, Leonardo Picciani. Para Cunha, o atual líder do PMDB atuou como assessor de imprensa do governo. “Nenhum líder tem que ser contra ou a favor do impeachment. Ele é porta-voz da bancada”, afirmou. “Ele não atuou como líder do partido.”

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Picciani foi destituído do posto de líder do PMDB na Câmara após articulação de deputados da ala pró-impeachment do partido. Com o aval do vice-presidente da República e presidente nacional da legenda, Michel Temer, esses parlamentares apresentaram lista com 35 assinaturas, derrubando o deputado fluminense e indicando Leonardo Quintão (MG) ao posto. Oito dias depois, contudo, Picciani apresentou nova lista com apoio de 36 deputados do PMDB e foi reconduzido ao posto.

Picciani anunciou que disputará novamente o posto em fevereiro, quando estão previstas eleições de novos líderes partidários e presidentes de comissões permanentes na Casa. Uma das principais estratégias, para se manter no cargo até lá e conseguir se reeleger, será manter deputados do PMDB do Rio que estavam licenciados e retomaram os mandatos no início de dezembro para apoiá-lo.

Cunha negou que haja constrangimento com Picciani, mas reforçou que ele não tem agido como líder do partido e disse que ele não foi eleito líder com o seu apoio. “Eu fui neutro em sua eleição”, disse.

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Cunha disse prever disputas na eleição do partido e reafirmou que vai votar nessa eleição. “Vou votar, vamos ver quem serão os candidatos”, disse. O presidente da Câmara afirmou que se a bancada mineira estiver unânime ele provavelmente a apoiará. “A discussão não se dá por nomes, ela se dá por plataforma”, explicou.