Apesar dos festejos juninos que afastam boa parte da bancada nordestina de Brasília, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que votará o projeto de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamento de setores da economia na próxima semana. Cunha disse que liberará a presença de parlamentares apenas na terça-feira, 23, e espera votar o último ponto do ajuste fiscal nas próximas quarta e quinta, 24 e 25 de junho.

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O projeto de lei seria votado na tarde desta quinta-feira, mas o ataque a senadores brasileiros na Venezuela dominou os debates no plenário da Câmara e Cunha encerrou a sessão sem que o relator do texto, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), tivesse lido o parecer.

A sessão terminou com a aprovação de uma moção de repúdio ao ocorrido na Venezuela, onde uma van com senadores brasileiros foi cercada e apedrejada por manifestantes. “Independentemente de qualquer divergência política que possa existir, não podemos admitir que senadores brasileiros que chegaram em avião da Força Aérea Brasileira e que tinham uma suposta escolta policial sejam submetidos a agressões desta natureza. Então, nosso repúdio ao fato que ocorreu”, disse Cunha.

O presidente da Câmara disse que ainda é cedo para que se convoque o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e afirmou que cabe à presidente Dilma Rousseff convocar o embaixador brasileiro na Venezuela para prestar esclarecimentos. “Não acho que ela deva convocar o embaixador. Esta é uma decisão dela. Mas que o governo tem que manifestar sua repulsa à agressão, isso não há dúvida nenhuma”, afirmou.

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