Candidato do PRB ao governo do Estado do Rio, o senador Marcelo Crivella arrancou gargalhadas da plateia no debate da Band entre os concorrentes ao Palácio Guanabara, na noite de ontem, ao responder pergunta de internauta sobre a legalização da maconha. Segundo Crivella, países que adotaram a política retrocederam. “A Holanda, por exemplo, teve empresas que foram fechadas porque seus funcionários estavam usando drogas, como a Fokker”, disse, provocando as primeiras risadas.

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Enquanto o mediador Sérgio Costa pedia silêncio, Crivella continuou, referindo-se à empresa holandesa: “E os aviões começaram a ter problemas, inclusive no Brasil”. A plateia voltou a rir e o mediador novamente teve de intervir: “Senhores, eu renovo o apelo para que façam silêncio na plateia, por favor”. Em meio às risadas e aos pedidos do mediador, o candidato do PRB concluiu: “Isso não constrói um país”. Procurada, a Fokker não retornou ao contato da reportagem.

Num debate morno, travado pelas regras, marcado por polêmicas pontuais, mas com algum humor involuntário, os postulantes ao Guanabara trocaram provocações durante duas horas e meia e às vezes fugiram aos temas das perguntas. Nesta quarta-feira, no primeiro dia de campanha no rádio e na TV, nada de presidenciáveis nas propagandas dos candidatos ao governo fluminense. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu no programa de Lindbergh Farias (PT). A presidente Dilma Rousseff, não. Os candidatos evitaram ataques e críticas, e procuraram se apresentar para os eleitores – imagens em casa, com as famílias, e de suas trajetórias políticas e de vida.

Já entre os concorrentes ao Senado, foram citados Dilma, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), em homenagem póstuma. Aécio apareceu na propaganda de Cesar Maia (DEM); Dilma, na de Carlos Lupi (PDT). Líder nas pesquisas de intenção de voto, Romário (PSB) exibiu homenagem a Campos e repetiu a frase “Não vamos desistir do Brasil”. Marina Silva não apareceu.

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Candidato a governador com a maior parcela de tempo, 8m57s, Luiz Fernando Pezão (PMDB) não citou Dilma, Lula ou Aécio, que tem apoiado no Rio, na aliança chamada de “Aezão”. Contou com depoimento do antecessor Sérgio Cabral (PMDB), que renunciou este ano. Candidato pelo PR, Anthony Garotinho foi o único a criticar diretamente a atual gestão: “Só se preocupa com propaganda, marketing e maquiagem”.