O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), exonerou Cesar Benjamin do cargo de secretário de Educação na manhã desta quarta-feira, 11. A decisão foi tomada um dia após o secretário da Casa Civil, Paulo Messina, anunciar que permaneceria no cargo. Benjamin e Messina estavam em atrito por discordâncias na Prefeitura.

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Messina, que é do quadro do PRB e considerado o “primeiro-ministro” do prefeito, é considerado uma peça importante, em um momento que a Câmara dos Vereadores analisará se abrirá um processo de impeachment contra o prefeito. Ele é acusado de ter oferecido ajuda a líderes religiosos para obter cirurgias de catarata e varizes para fiéis. Além disso, ofereceu auxílio a pastores que estivessem com problemas para obter a isenção legal do pagamento de IPTU em seus templos.

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Na terça-feira, 10, Messina divulgou uma carta em que volta atrás no seu pedido de exoneração, no último dia 4, por atritos com Benjamin. Nela, Messina se referiu-se ao rival alegando que, “em vez de se preocupar em produzir frutos para a cidade, (Benjamin) comporta-se como que preocupado em produzir frutos para si”. “Isso não é governar; apenas divide a equipe e provoca o caos”, escreveu.

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Benjamin também publicou uma carta em seu Facebook, na manhã desta quarta-feira, 11, comentando a sua exoneração e a nomeação da professora Talma Suane, sua chefe de gabinete, para o seu lugar. Segundo o ex-secretário, a sua demissão “era esperada”, pois não cedeu “à politicagem e aos inimigos da Educação”.

“Toda a articulação para a minha saída foi feita pelas minhas costas. Não recebi sequer um telefonema. O prefeito agradeceu desta maneira a minha dedicação à causa da Educação”, disse. “Desejo tudo de bom à SME e às nossas crianças. Que tudo se ajeite da melhor maneira possível, numa prefeitura tão fragilizada e confusa”, completou. A Prefeitura ainda não se pronunciou sobre o episódio.