O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje que as “avaliações políticas” sobre o lançamento do PAC 2 são normais e fazem parte do jogo democrático. “Todas as interpretações que saem na mídia são legítimas, mas não quer dizer que estão certas e que tenhamos que concordar”, afirmou o ministro.
Bernardo disse que o espírito de elaboração da PAC 2 foi o de acelerar este ano etapas dos projetos, como licenças ambientais e licitações. O ministro lembrou que o PAC 1 foi anunciado em janeiro de 2007 mas, segundo ele, os Estados e municípios não conseguiram cumprir o prazo de até dezembro daquele ano para apresentar os projetos, principalmente para obras de saneamento e urbanização de favelas. Este prazo, segundo Bernardo, teve que ser prorrogado e, um ano depois do lançamento do programa, o governo ainda estava admitindo o recebimento de projetos.
“Quando anunciamos o PAC 1, nos demos conta de que não bastava ter recursos”, afirmou o ministro. Segundo ele, o presidente Lula pretende com o PAC 2 antecipar etapas para que se possa entrar 2011 com possibilidade de executar as obras. Bernardo disse também que, no lançamento do PAC 1, Estados e municípios estavam inativos, porque não havia perspectiva de recursos para obras mas, agora, com o PAC 2, o governo sinaliza que haverá liberação das verbas.
A secretária de Acompanhamento e Monitoramento do PAC (Casa Civil), Miriam Belchior, disse que 40% das obras incluídas no PAC 1 já foram concluídas, e 63% dos recursos foram executados até 2010.