O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) propôs hoje a realização de um “plebiscito” questionando aos senadores quem apoia ou não a permanência de José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado. A estratégia de Cristovam Buarque é expor os senadores que endossam a permanência de Sarney à opinião pública e pressionar para o peemedebista deixar o cargo.
Pelos cálculos de Buarque, José Sarney não tem mais apoio da maioria do Senado em decorrência da enxurrada de denúncias contra o peemedebista e seus aliados políticos. O pedetista inclui nesta conta os 14 senadores do DEM, 13 do PSDB, 12 do PT, um do PSOL e cinco do PDT. Mas, apesar desses partidos terem defendido a renúncia de Sarney nas últimas semanas, alguns senadores não estão de acordo com a posição oficial de suas respectivas legendas.
Heráclito Fortes (DEM-PI), que é primeiro-secretário do Senado, e Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA), por exemplo, foram contra a decisão do líder democrata José Agripino Maia (RN) de pedir a renúncia de Sarney. Ideli Salvatti (PT-SC), Delcídio Amaral (PT-MS) e Serys Slhessarenko (PT-MT), também ficaram de fora da orientação do líder petista, Aloizio Mercadante (SP), de pressionar pela saída do peemedebista da presidência da Casa.