O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) discursou nesta terça-feira, 29, a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estabelece o teto para o crescimento dos gastos públicos federais por 20 anos. “Eu não voto com nenhum entusiasmo na PEC, eu voto com a necessidade”, reconheceu. “Eu voto para evitar o afundamento do País”, completou.

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Para o senador, o País está em “concordata” e exige medidas duras. “Temos que pensar no imediato e não no futuro”, admitiu. “Não deixarei de lutar pela educação, mas, se houvesse uma escola no fundo do Titanic, as pessoas pensariam primeiro em salvar as crianças e não em colocá-las na escola”, comparou.

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Cristovam argumentou que a PEC será importante para que o País “respire” e lembrou que os recursos para a Educação dependerão da luta dos defensores da área. “Chegou a hora de ver quem realmente quer a Educação. E aqui se aprovou dinheiro para estádio de Copa e Olimpíada. Chegou a hora de deixar que setor privado assuma rodovias, ferrovias e energia, para que sobrem recursos públicos para escolas e financiamentos”, completou.

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Já o senador José Pimentel (PT-CE) discursou contra a PEC. “A PEC implanta um ‘arrocho’ por 20 anos”, classificou. Ele defendeu que a atual política de valorização do salário mínimo seja mantida, bem como as destinações constitucionais para Saúde e Educação. “Temos o direito de fazer escolhas para tirar o País da crise, mas existem outras escolhas”, afirmou.