A fraude de mais de R$ 200 milhões na Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) investigada pela Operação Sevandija já reflete na campanha eleitoral da cidade. Os candidatos a prefeito aumentaram os ataques e o escândalo ganhou espaço no horário de rádio e TV. O vereador Ricardo Silva (PDT) e o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), primeiro e segundo colocados nas pesquisas, são os que mais trocam denúncias na TV.

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Nesta quarta-feira, 21, Silva, que lidera a pesquisa Ibope, mostrou a fila de pessoas para marcar exames na rede pública de saúde. Segundo ele, isso ocorre “por conta da roubalheira na prefeitura”.

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O candidato teve seu programa na TV reduzido devido a um direito de resposta concedido a Nogueira, segundo colocado nas pesquisas. O tucano diz que o pedetista manipulou números do Ibope e ainda baixou o nível da campanha “com distorções e mentiras”.

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Silva, por sua vez, voltou a atacar o adversário tucano e o vinculou aos problemas na saúde pública de Ribeirão. De acordo com ele, Nogueira é deputado há 22 anos e “nunca fez nada para a saúde do povo”.

O tucano contra-atacou usando Geraldo Alckmin em seu programa para pedir votos. “A cidade vai poder avançar muito mais (com Nogueira)”, falou o governador na TV.

Outros

O candidato João Gandini (PSB) abordou no programa eleitoral os problemas na segurança pública, mas lembrou que o setor “é responsabilidade do governo estadual” para, em seguida, apresentar algumas propostas para a cidade.

Fábio Zan (Rede) reclamou da qualidade do transporte público, enquanto Rodrigo Camargo (PTB) falou que as fraudes em Ribeirão Preto vêm de longe. Segundo ele, a corrupção começou “em 2012 quando o PMDB comandava a Coderp”, se referindo à empresa municipal que é um dos pivôs do escândalo.

Ao contrário dos outros candidatos a prefeito, Wagner Rodrigues (PCdoB) não mirou a prefeitura, mas sim Brasília. Após exibir um clipe contrário ao governo de Michel Temer (PMDB), disparou: “Quero ver esse homem fora da presidência República”.