Crise interna do PMDB termina em trégua

O ?cessar-fogo? foi anunciado ontem pelo presidente estadual do partido, Renato Adur, pelo líder do governo na Assembléia Legislativa, Luiz Claudio Romanelli, e por Stephanes Júnior. Na reunião de anteontem à noite da executiva estadual, ficou decidido ainda que a direção do partido iria conversar com o secretário da Educação, Maurício Requião, para que ele retirasse o pedido de expulsão. Mas até ontem, Maurício não havia se pronunciado. O secretário pediu o desligamento do deputado do partido com base nas posições adotadas por Stephanes Júnior, em plenário. A mais recente foi o voto favorável à criação de comissão especial para investigar os gastos do governo com publicidade em 2005 e 2006.

A entrevista concedida no comitê de imprensa da Assembléia Legislativa não teve a participação do líder da bancada, deputado Waldyr Pugliesi. Mais tarde, o deputado disse que a solução da executiva foi uma forma de acomodar a situação, para ver como o deputado se comporta daqui para a frente. ?Foi uma acomodação?, disse Pugliesi, demonstrando que discordou da forma da solução do caso por acreditar que não vai produzir os efeitos esperados.

Reconsideração

Apesar de o presidente estadual do partido ter dito que Stephanes se arrependeu de ter votado com a bancada de oposição e que o assunto está sepultado, o deputado peemedebista foi menos incisivo na entrevista. Ele afirmou que o fato de a bancada ter concordado em fazer uma reunião semanal para definir suas posições nas votações vai contribuir para que o partido demonstre unidade em plenário. ?O voto que foi dado não tem como voltar atrás. Mas, a partir de agora, teremos a oportunidade de debater os temas e vou votar com a bancada sempre que for discutido e decidido antes?, disse Stephanes Júnior. E acrescentou: ?Antes, não havia discussão e agora vai haver?.

Na carta que encaminhou ao governador Roberto Requião (PMDB), e que foi usada como sua defesa no partido, Stephanes disse que apoiou a comissão especial ?para não contrariar sua consciência? e que não esperava que sua decisão deflagrasse uma crise no partido, já que não foi o primeiro a desobedecer a orientação da liderança do governo na hora da votação. 

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