O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse hoje que as agressões entre senadores do PMDB e do PSDB não contribuirão em nada para a Casa. “Enquanto for uma briga política, faz parte do jogo democrático. O que não pode é virar uma briga de rua, uma briga fortuita”, afirmou. Segundo ele, a crise política do Senado – deflagrada após denúncias de irregularidades contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP) – deve ser levada para o âmbito do Conselho de Ética e os senadores não devem discutir o assunto no plenário. “O Conselho deve funcionar normalmente e, por isso, a maioria deve tomar a decisão de julgar.” No colegiado, 10 das 15 vagas são dos governistas que apoiam Sarney.
Jucá disse ainda que os senadores precisam discutir uma pauta de votações para o semestre. “A posição do governo nesta questão continua a mesma: a de que o problema é do Senado e deve ser resolvida pelo Senado, sem a interferência do governo federal”, afirmou. Esse semestre é importante para o governo em razão da votação do marco regulatório do petróleo do pré-sal – camada abaixo do leito marinho -, que deve ser encaminhado ao Congresso até o dia 20 deste mês, pelo projeto de inclusão da Venezuela no Mercosul e também pela nova lei eleitoral.