O PT abriu mesmo duas frentes de negociação com o PMDB no caso da eleição das Mesas do Senado e da Câmara Federal. Se conversa com o presidente do diretório nacional, deputado Michel Temer, não desconsidera a ala dissidente, que tem como principais líderes os governadores Roberto Requião, Germano Rigotto e Luiz Henrique da Silveira, o senador José Sarney e o ex-governador Orestes Quércia.
Quem acompanha o andamento das conversas já detectou o corpo-a-corpo travado pelos petistas que podem se garantir com os acordos avulsos. E está atento ao jantar que acontece segunda-feira em Brasília com o candidato à presidência da Câmara, deputado João Paulo Cunha. Se o chefe da Casa Civil do presidente Lula, José Dirceu, comparecer ao evento, confirma a tese de que o PT não aceita limitar as opções de entendimento aos ditames da cúpula pemedebista.
Dentro do quadro que se vem definindo, a cúpula nacional do PMDB perde força, enquanto a ala dissidente cresce e passa a ter chances concretas de garantir José Sarney na presidência do Senado.