Cresce consenso em torno do nome de Adur no PMDB

Em reunião ontem pela manhã, em Curitiba, as bancadas estadual e federal e a executiva do PMDB apontaram o ex-secretário de Desenvolvimento Urbano, Renato Adur, como o candidato predileto da maioria à presidência estadual do PMDB. Embora o vice-governador reeleito, Orlando Pessuti, também postule a indicação, o fato de ter que substituir o governador Roberto Requião (PMDB) em caso de viagens, está sendo apresentado como o principal obstáculo à sua candidatura. Parte do PMDB prefere que Pessuti assuma a coordenação política do governo.

Na próxima segunda-feira, 4, a executiva e a bancada já começam a montar a chapa para o diretório, que será eleita na convenção do dia 17 de dezembro. São os integrantes do diretório que escolherão a executiva e o presidente do partido. O presidente estadual do PMDB, deputado Dobrandino da Silva, que deixa o cargo, afirmou que Adur é visto como o nome que reúne as melhores condições para comandar e organizar o processo eleitoral do próximo ano.

?O Pessuti, como vice-governador, deverá assumir o governo algumas vezes e para isso precisa se licenciar da presidência do partido. Achamos melhor que o presidente do partido seja alguém que não tenha esse problema. O Adur não tem mandato e tem mais tempo para se dedicar ao partido?, afirmou. Ainda, conforme Dobrandino, o presidente da Juventude do PMDB, João Arruda, será indicado como secretário-geral.

Na volta do governador Roberto Requião da França, prevista para o dia 8, a executiva quer fazer uma reunião entre ele e Adur. O motivo é que Adur está condicionando a aceitação da indicação a algumas medidas. Entre elas, mudanças na linha de comunicação do governo. ?Aí, já depende do Requião aceitar ou não as condições dele?, comentou o presidente do partido.

Questão fechada

A eleição do próximo presidente da Assembléia Legislativa também foi discutida na reunião dos peemedebistas. Algumas divergências começam a surgir. Dobrandino acha que o PMDB deve defender o lançamento de um candidato do partido, mas não pode descartar outras possibilidades dentro do leque de partidos da base aliada. Já o atual vice-presidente do PMDB, deputado Nereu Moura, pré-candidato ao cargo, afirmou que o partido não abre mão, em hipótese alguma, de eleger o sucessor de Hermas Brandão (PSDB).

Moura disse que cabe aos peemedebistas lutar por um espaço político delegado nas urnas de outubro, quando o partido elege quase um terço das cadeiras da Assembléia Legislativa. ?Nós ganhamos do povo o direito de pleitear a presidência?, afirmou Moura, atualmente 1.º secretário da Mesa Executiva.

O presidente estadual do PMDB não é tão categórico. ?Nós, do partido, temos que brigar para que o candidato seja nosso. Mas temos que conquistar o apoio da oposição, sem ir para a guerra?, afirmou. Dobrandino acrescentou que, sozinho, o PMDB não consegue aprovar todos os projetos de interesse do governo e, logo, precisa negociar com outras forças. No caso, a hipótese cogitada é a candidatura do pefelista Nelson Justus, que apesar de filiado a um partido de oposição, está na base de apoio do governo e poderia angariar apoios adicionais na oposição.

Para Moura, entretanto, o PMDB deve fechar questão em torno de um nome do partido. Se isso acontecer, todos os filiados são obrigados a votar no nome do partido, conforme preconiza o estatuto peemedebista. 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo