CPI pode ir à Justiça para inquirir Doático

Os vereadores integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as invasões de terrenos no município de Curitiba irão estudar formas legais de fazer com que pessoas convidadas a serem ouvidas tenham de comparecer às reuniões. A intenção da CPI das Invasões é ter um artifício jurídico para obrigar o assessor especial do governo para assuntos de Curitiba, Doático Santos, deponha em uma das reuniões da comissão.

Citado no depoimento da líder comunitária Fátima de Freitas, como um dos incentivadores e organizadores de algumas das invasões Doático, que é presidente municipal do PMDB, tem recusado os constantes convites dos vereadores a comparecer às sessões, alegando não ter nada a esclarecer à comissão e contestando a seriedade da CPI que, para ele é uma ?armação para criminalizar? seu partido.

Na reunião de ontem, os deputados ganharam uma lição de casa para a próxima Segunda-feira: fazer uma pesquisa jurídica sobre a possibilidade de recorrer à Justiça para garantir os depoimentos de Doático à CPI.

O relator da CPI, vereador Roberto Hinça (PDT) explicou que os proprietários dos terrenos invadidos também poderão ser convocados judicialmente a participar das reuniões, uma vez que eram aguardados para ontem, mas não compareceram. ?Ainda não decidimos se acionaremos a Justiça, mas sabemos que temos esse direito garantido pela legislação federal e, se eles (Doático e proprietários dos terrenos) não atenderem aos novos convites, e os vereadores julgarem importante a presença deles, poderemos acionar a Justiça?, revelou.

Hinça lembrou que a CPI tem prazo para acabar no dia 14 de agosto e, considerando o recesso de meio de ano, há apenas mais 30 dias de trabalhos. ?Eu, como relator, estou frustrado por não ter conseguido ouvir os proprietários e nem o senhor Doático, peças fundamentais para o inquérito?, declarou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo