O presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB) homologou, na tarde desta terça-feira, a CPI que irá investiga-lo a respeito das denúncias de irregularidades nos contratos de publicidade da Casa. Derosso é acusado de beneficiar sua mulher, Cláudia Queiroz Guedes, na licitação, contratação e aditivos nos contratos com a agência Oficina de Notícias, que pertence a Cláudia.
Oficialmente instalada, a CPI terá sua primeira reunião na próxima segunda-feira, às 13h30, quando serão definidos presidente e relator da comissão. Com a negativa do pedido da oposição para se ampliar a comissão para 11 membros, a CPI será formada por nove vereadores: Emerson Prado (PSDB), Nely Almeida (PSDB), Paulo Frote (PSDB), Denilson Pires (DEM), Tito Zeglin (PDT), Zezinho do Sabará (PSB), Pedro Paulo (PT), Paulo Salamuni (PV) e Zé Maria (PPS).
O líder do PSDB na Câmara, Emerson Prado, antecipou que seu partido, apesar de ser a maior bancada da casa e de ser o único com mais de um representante na CPI, abrirá mão dos principais cargos da comissão para evitar qualquer suspeição aos trabalhos por serem do mesmo partido que Derosso.
Com a instalação da CPI e a aprovação do relatório pelo Conselho de Ética que pede a suspensão de Derosso por até 90 dias, a oposição voltará a insisitr com um pedido de afastamento de Derosso da presidência da Casa, ao menos, durante o período que durar a investigação. “É a garantia de que todo o processo não sofrerá interferência. Que conseguiremos toda a documentação requisitada e ouviremos, sem constrangimento, todas as testemunhas”, disse o vereador PEdro Paulo.