Grampos

CPI para apurar os grampos no Legislativo do Paraná

Os sistemas de escuta clandestina de ambiente e de telefones descobertos nos gabinetes dos integrantes da Mesa Executiva da Assembleia Legislativa, durante o final de semana, vão gerar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O deputado estadual Marcelo Rangel (PPS) anunciou ontem que obteve vinte das dezoito assinaturas necessárias para instalar uma CPI para apurar a autoria e o objetivo dos grampos encontrados nas salas da presidência e 1ª Secretaria.

Rangel disse que irá protocolar o pedido de CPI na sessão de hoje. “Queremos investigar profundamente. Precisamos saber a autoria, a motivação e a utilidade das gravações realizadas. Começamos uma nova história na Assembleia Legislativa. É do interesse dos parlamentares e dos cidadãos paranaenses”, justificou o deputado, que vai pedir ajuda da Polícia Militar e Ministério Público na CPI.

O caso já está sob investigação da Polícia Científica. Rossoni disse ainda que todas as alas da Assembleia serão submetidas a uma varredura para detecção de equipamentos de escuta.  No final da tarde, os peritos de uma empresa privada, contratada pela Assembleia, encontraram pontos de captação de vídeo e áudio nas instalações da 2ª Secretaria, que era ocupada pelo novo presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), que exercia a função na Mesa Executiva anterior.

No domingo, eles descobriram que a sala ao lado do plenário, reservada para reuniões dos deputados, estava com os telefones monitorados, além das centrais de escutas localizadas no sábado.

O ex-presidente da Casa Nelson Justus (DEM) não quis ontem comentar o assunto. Justificou que está impedido de se manifestar por “ordens médicas”. O ex-primeiro secretário Alexandre Curi (PMDB) também se manteve em silêncio. Os equipamentos foram encontradas nas salas que ele ocupavam até terça-feira passada, quando houve a eleição da nova Mesa.

Na sessão, não teve ordem do dia e foi destinada à discussão da composição das comissões, alguns deputados defenderam as investigações sobre a identificação dos beneficiados pelas escutas.

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