CPI: norma da Receita ‘não parece clara’, diz ACM Júnior

Indicado pelo DEM para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (BA) adotou um discurso conciliador ao comentar sobre a comissão. O senador afirmou hoje que leu a instrução normativa da Receita Federal que trata do recurso contábil usado pela Petrobras, que possibilitou à companhia deixar de pagar R$ 4 bilhões em impostos, e reconheceu que o texto é falho. “Li a instrução normativa e não me pareceu clara”, disse. O senador lembrou ainda que grandes empresas têm consultorias tributárias especializadas em procurar brechas, mas ressaltou que o assunto tem de ser discutido.

Em conversa com a imprensa no corredor das comissões do Senado, ACM Júnior fez elogios à qualificação do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, com o qual diz ter uma boa relação. De acordo com ACM Júnior, ambos lecionaram na mesma universidade na Bahia. “Ele é uma pessoa preparada”, afirmou. ACM Júnior definiu-se a si mesmo como uma pessoa de perfil moderado. “Não sou radical, faço oposição responsável”. Ele acrescentou, no entanto, que além da questão contábil, a CPI precisa investigar se há irregularidade nas obras da refinaria Abreu Lima em Pernambuco, a questão dos royalties e a relação da Petrobras com as organizações não-governamentais.

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