CPI no DF adia para amanhã eleição de presidente

O presidente interino da CPI da Corrupção do Distrito Federal, Batista das Cooperativas (PRP), adiou para amanhã a eleição do novo presidente da comissão. A vaga está aberta desde que Alírio Neto (PPS) saiu do colegiado e perdeu o cargo de presidente. O mais cotado para assumir a presidência das investigações é Geraldo Naves (DEM), aliado do governador José Roberto Arruda, acusado em inquérito policial de ser o mentor do esquema de corrupção local, conhecido como “Mensalão do DEM”.

Fazem parte da CPI cinco parlamentares. Cada uma das cinco vagas é de direito de um bloco partidário diferente. Alírio Neto fazia parte do bloco do PMDB, mas saiu da coligação após ser pressionado pelo seu partido, o PPS, a romper com a base aliada do governador José Roberto Arruda (sem partido). Fora do bloco, foi retirado da comissão.

Não deve haver grandes mudanças na troca de comando da comissão, uma vez que tanto Alírio Neto quanto Geraldo Naves são aliados de Arruda. A diferença é que o DEM, diferente do PPS, não deve criticar o presidente se este atuar como defensor explícito do governador.

A CPI da Corrupção está sem presidente e também sem um dos membros. Hoje, a deputada Eliana Pedrosa (DEM) renunciou à vaga que ocupava na comissão. Isso porque existe uma briga entre os dois parlamentares eleitos pelo DEM – Eliana Pedrosa e Geraldo Naves. Até semana passada, os dois reivindicavam para si o cargo de líder do partido. Coube ao diretório do DEM-DF enviar ofício à Câmara nomeando Naves como líder.

Geraldo Naves já fazia parte das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissão Especial – colegiados responsáveis pela análise dos pedidos de impeachment contra o governador. Esta semana ele também conseguiu uma vaga na CPI da Corrupção. Após a saída de Alírio Neto da comissão, o bloco do PMDB ficou sem ter quem indicar para a vaga, porque os três peemedebistas na Casa são citados em inquérito como beneficiários do esquema de corrupção. Assim, vaga foi cedida a Geraldo Naves.

Se Pedrosa ficasse no cargo, seriam dois parlamentares do DEM no colegiado. A deputada explicou que sua renúncia observa a proporcionalidade partidária e servirá para dar “maior transparência e para que não paire dúvidas quanto à seriedade do processo de investigação”.

Agora, o DEM não tem quem indicar para a vaga de Eliana Pedrosa, uma vez que o terceiro parlamentar eleito pelo partido,Paulo Roriz, está licenciado e chefia atualmente a secretaria de Habitação do governo Arruda. Assim, o esperado é que o DEM indique um deputado de outro partido para a vaga a que tem direito na CPI.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna