A CPI mista da Petrobras pode determinar a quebra, na próxima quarta-feira, dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do ex-diretor da Área de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Um dia após prestar depoimento na CPI do Senado, no qual negou envolvimento nas irregularidades investigadas pela Operação Lava Jato, o ex-diretor foi preso na quarta-feira pela segunda vez pela Polícia Federal para evitar que ele fugisse do País.

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A decisão de prendê-lo ocorreu após o Ministério Público da Suíça ter decretado o embargo de US$ 23 milhões em 12 contas no país do ex-diretor da Petrobras. A Justiça Suíça abriu uma ação penal contra Costa por lavagem de dinheiro. À CPI do Senado, o ex-diretor negou ser o líder da “organização criminosa” que, segundo a PF, atuou na Petrobras. Também negou ser “homem-bomba”, adotando o discurso de que foi “massacrado” após passar 59 dias preso, na sua primeira passagem pela cadeia, por acusações “sem fundamento”.

Além de tentar quebrar os sigilos de Costa, os integrantes da comissão querem fazer um pente fino na atuação pessoal e na rede de contatos do ex-diretor. Entre as medidas previstas estão: convocá-lo; pedir que a Polícia Federal compartilhe com a CPI os materiais apreendidos na casa dele; requerer ao Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) que envie dados dele e das empresas de propriedade dele e dos parentes dele entre 2009 e 2014; e convoque, quebre sigilos e tenha acesso a dados de familiares dele. A CPI mista reúne-se na quarta-feira à tarde e tem na pauta 379 requerimentos para ir à votação. Pela manhã, a CPI do Senado, controlada pelo governo, toma o depoimento do gerente de Custos da Petrobras, Alexandre Rabello.

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