O prazo de funcionamento da CPI Mista do Banestado foi prorrogado por mais 180 dias – até junho. A decisão foi tomada depois que o presidente da comissão, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), divulgou um balanço dos trabalhos da comissão, instalada em junho de 2003.

Em seis meses de trabalhos, foram realizadas 54 reuniões plenárias e dez diligências fora de Brasília, nas seguintes cidades: Curitiba, Foz do Iguaçu, Nova Iorque, Washington, Florianópolis, Blumenau, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas e São José do Rio Preto. A comissão ouviu 142 pessoas, incluindo dirigentes do Banco Central, da Receita Federal, do Ministério da Justiça, do Itamaraty, das CPIs do Propinoduto do Rio de Janeiro e do Banestado da Assembléia Legislativa do Paraná, um ex-presidente do Banco Central, delegados da Polícia Federal, Procuradores da República e outras autoridades. Doleiros, banqueiros, empresários e outras pessoas denunciadas ou testemunhas de crimes de evasão de divisas também foram ouvidos pelos parlamentares.

A CPI abriu ainda mais de 1.200 sigilos fiscais e recebeu das autoridades americanas um CD com uma listagem de 300 mil operações de clientes brasileiros feitas por meio do Banestado. O disco foi repassado para a Receita Federal. O órgão está cobrando R$ 213,5 bilhões em impostos desses contribuintes, principalmente de instituições financeiras e pessoas jurídicas. “O importante é o trabalho da CPI na identificação de sonegadores de impostos, dando importante contribuição à Receita Federal para cobrar tributos sobre rendimentos não declarados”, afirmou Antero.

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