A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banestado, que apura denúncias de evasão de divisas do país por meio de contas CC5, faz hoje às 14h reunião administrativa, na sala 2 da Ala Nilo Coelho, para analisar requerimentos de convocação de depoentes, solicitação de informações a autoridades e realização de novas diligências.
Na última semana, a partir de sugestões do relator, deputado José Mentor (PT-SP), a CPI criou oito subcomissões para investigar os casos de evasão de divisas no país. As subcomissões farão diligências a partir de orientações do relator e terão 20 dias para concluir os trabalhos. Serão feitas investigações nas cidades de Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba e Foz do Iguaçu no Paraná, São José do Rio Preto (SP), Campinas (SP) e Belo Horizonte (MG), além de Montevidéu, no Uruguai. A CPI também criou a subcomissão de consolidação de propostas legislativas sobre câmbio e trânsito de capitais no país.
Prorrogação
O presidente da CPI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), propôs, juntamente com o relator, a prorrogação do prazo de funcionamento da comissão. Antero acredita que a grande quantidade de informações recolhidas exige mais tempo de investigação, a fim de que seja possível indicar os nomes dos responsáveis pela evasão de divisas.
Na última semana a CPI ouviu ex-gerentes do Banestado que detalharam o esquema montado pelo banco para remessa irregular de divisas para o exterior. A comissão ouviu também sobre evasão de divisas, mas em caráter secreto, depoimentos de funcionários do Banco do Brasil.