A CPI dos Radares ganhou novo fôlego na Câmara Municipal de Curitiba. Há cerca de um mês empacada com apenas as seis assinaturas da bancada de oposição, a proposta de CPI recebeu três assinaturas de vereadores da bancada de apoio ao prefeito Luciano Ducci (DEM).

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Aderiram ao pedido de investigação sobre os contratos da prefeitura com a empresa Consilux os vereadores Jair César (PSDB), Caíque Ferrante (PRP) e Denílson Pires (DEM). Com nove assinaturas, o pedido de CPI ainda precisa de mais quatro adesões para poder ser apresentado.

“Começou uma nova fase, a pressão popular fez com que os primeiros vereadores da situação aderissem à CPI. Temos mais duas assinaturas engatilhadas. Esperamos conseguir as 13 até o final desta semana”, disse o líder da oposição Algaci Túlio (PMDB).

“Essas assinaturas demonstram amadurecimento dos vereadores. É nossa função fazer essa fiscalização. A Assembleia Legislativa e, até o Congresso Nacional já fizeram mais do que a Câmara, que é o local correto para essa investigação”, disse.

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Para Algaci, o fato de a Consiluz estar operando normalmente mesmo depois do anúncio do rompimento do contrato também contribuiu para a adesão de vereadores de situação.

“Quando o prefeito veio aqui e anunciou que os contratos seriam rompidos. Todos acreditavam que seria de fato rompido. Com tudo funcionando como antes, dá mais um motivo para se investigar. Mas acho que o principal motivo para as novas adesões é a pressão da sociedade. Eles devem ter sido cobrados por seus eleitores”, disse.

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O vereador Jair César disse que assinou a CPI após a alteração no texto cabeçalho do pedido, que deixou de ser uma CPI para investigar a administração pública para investigar exclusivamente a licitação e o contrato com a Consilux.

“Sempre deixei claro ser favorável a essa investigação. Mas não ia assinar uma CPI política, da oposição. Agora, com essa relação, assino sem problema. Também quero saber como foi feita essa licitação, como é o contrato e como está sendo prestado o serviço contratado”, disse.

O vereador acredita que mais parlamentares da base do prefeito devem aderir à CPI. “A prefeitura não influencia ninguém. Isso depende exclusivamente da opinião de cada um. Se mais gente quiser saber se há erro na licitação ou no contrato e a quem isso tem prejudicado, vai assinar a CPI”, disse.