Os ex-superintendentes da Administração dos Porto de Paranaguá e Antonina (Appa) Eduardo Requião e Daniel de Oliveira serão ouvidos pela CPI dos Portos da Assembleia Legislativa. O presidente da CPI, Douglas Fabrício (PPS) ,disse que ainda não está marcada a data dos depoimentos que devem começar após o feriado da Semana da Pátria.
“Estamos elaborando um cronograma de depoimentos”, disse Douglas Fabrício que, em pronunciamento, fez um balanço dos trabalhos da CPI, que teve acesso a documentos coletados pela Polícia Federal e da Justiça de Paranaguá. “Tem uma série de informações dos processos, das audiências, que nós estamos examinando. É uma leitura demorada”, disse Fabrício.
O presidente da CPI relacionou as ações trabalhistas devidas pela Appa como um dos principais temas que devem ser abordados nos futuros depoimentos. “ Não diria que tem uma indústria da ações trabalhistas, mas alguma coisa de errado tem que existir. Não é possível que ninguém tenha observado o crescimento dessas ações para tomar providências”, disse Fabrício. Ele citou que o levantamento feito até agora aponta um volume de R$ 500 milhões em débitos trabalhistas.
De acordo com o deputado, a avalanche de ações trabalhistas não é uma prática exclusiva do Porto de Paranaguá. “Nós descobrimos que essa situação se repete em vários órgãos e portos”, disse Douglas Fabrício. Até mesmo o atual superintendente do Porto, Airton Vidal Maron, está movendo duas ações trabalhistas contra a autarquia.