CPI dos cartões aprova relatório sem indiciar ninguém

O relatório do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) foi aprovado nesta quinta-feira (5) por 14 votos a sete pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos. No texto, o deputado não pedia o indiciamento de nenhum dos supostos envolvidos na produção do dossiê com gastos sigilosos do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A oposição apresentou um voto, em separado, pedindo o indiciamento da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, da secretária executiva da casa Civil, Erenice Guerra, e de outros dois ministros. Porém, a ampla maioria do governo, garantiu o fim da CPI. Assim, o voto da oposição não tem conseqüências práticas, apenas vai ficar arquivado.

O voto em separado apresentado pelo deputado Índio da Costa (DEM-RJ) também pedia o indiciamento do ex-ministro da Secretaria Especial de Agricultura e Pesca, Altemir Gregolin, por ter feito uso indevido do cartão corporativo para pagamento de despesas pessoais, além de ter pedido votos no Pará ao Presidente Lula em 2006, durante viagem ao estado.

De acordo com o deputado, os supostos crimes cometidos pelo ex-ministro são os de improbidade administrativa, crime eleitoral e peculato. Ele pede que a investigação seja feita pelo Ministério Público e pela Comissão de ética Pública.

O deputado Luiz Sérgio afirmou que o relatório adotou o máximo de isenção possível. O líder do DEM no senado, José Agripino (RN), afirmou que os pedidos de indiciamento feitos no voto em separado do deputado Índio da Costa é uma forma de fechar lacunas do relatório do deputado Luiz Sérgio.

"Desde o início dessa comissão, uma maioria governista trabalhou para que os fatos não fossem esclarecidos e nós não vamos conviver com a impunidade. E aqui solicitamos o aprofundamento das investigações que a CPMI não pode fazer pelo voto da maioria", disse.

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