CPI do Porto só se reunirá após eleições

Diante da dificuldade de reunir os deputados para as sessões semanais das segundas-feiras, às 17h, a CPI do Porto de Paranaguá também decidiu suspender seus trabalhos para retomá-los só no dia 7 de outubro, portanto após as eleições. Ela foi a última das três que funcionam atualmente na Assembléia Legislativa a entregar os pontos. Na semana passada, a sessão foi suspensa por falta de quorum. A que estava prevista para ontem e que ouviria o empresário Guido Ceccato e o empreiteiro Maurício Xavier também acabou cancelada.

Segundo o deputado Valdir Rossoni (PSDB), presidente da comissão, a idéia era prosseguir com as investigações durante o período de campanha, mas como todos os parlamentares estão envolvidos no processo eleitoral, está cada dia mais dificil contar com número suficiente para as reuniões: “Eu mesmo participo de campanhas em 60 municípios. Isso significa uma maratona de gravações, comícios, reuniões, o que impede uma dedicação maior às atividades da CPI. Estamos tratando de assuntos sérios, que devem ser analisados cuidadosamente. É melhor fazer uma pausa e retomar após as eleições”.

Esta CPI, como a das Universidades Estaduais e a da Terra, está fechando o prazo inicialmente definido para as investigações. Como o Regimento Interno prevê prorrogação por mais dois meses quando as investigações assim exigirem, todas já encaminharam recurso á Mesa Executiva nesse sentido. O prazo passará a contar da primeira semana após o pleito. Segundo Rossoni, alguns dos pontos levantados e examinados pelos deputados devem ser encaminhados ao Ministério Público. Entre eles, cita o sumiço de soja em silo do Porto de Paranaguá e os contratos para serviços de dragagem.

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