Nem tudo são flores nas relações entre o PMDB e o governo. O deputado Cleiton Quielse (PMDB) se tornou a mais nova pedra no sapato do líder do governo, Ademar Traiano (PSDB), ao voltar a defender a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Pedágio, cujo requerimento foi apresentado em fevereiro deste ano. Traiano está pedindo aos peemedebistas e aliados que retirem o apoio à CPI, protocolada com 29 assinaturas, onze a mais do que o número mínimo necessário.
A instalação da CPI é vista como um estorvo nas conversas do governo do Estado com as concessionárias do pedágio para a redução dos reajustes das tarifas cobradas nas rodovias. Além do líder do governo, a Casa Civil também está atuando para fazer o peemedebista desistir da instalação da CPI. Até que a Mesa Executiva instale oficialmente a CPI, os signatários podem retirar as assinaturas de apoio.
Pelo segundo dia seguido, Quielse subiu à tribuna para cobrar da Mesa Executiva a instalação da CPI. O presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), disse que quando apresentou o requerimento, o peemedebista fez um acordo para adiar a instalação. “Ele fez um acordo para a CPI não ser instalada naquele momento. Ele que resolva agora”, reagiu o presidente da Assembleia.
Quielse justifica que é necessário investigar a legalidade dos aditivos contratuais feitas pelo governo Jaime Lerner entre 2000 e 2002 nas concessões. Ele argumenta que muitas obras previstas nos contratos originais foram canceladas pelos aditivos.