O presidente do Tribunal de Contas, Henrique Naigeboren, terá que prestar depoimento à CPI do Banestado na próxima quarta-feira, dia 30. A convocação de Naigeboren foi mantida pelo presidente da CPI, deputado Neivo Beraldin (PDT), que considerou insuficiente a documentação remetida ontem à Comissão pelo TC sobre os balanços financeiros do Banestado e das oito empresas que formavam o conglomerado do banco.
Beraldin afirmou que o conselheiro poderá completar as informações que não constam do conjunto dos dados que recebeu ontem do TC. O pedetista havia condicionado a confirmação do depoimento do presidente do Tribunal de Contas à quantidade dos dados que ele encaminhasse à CPI. “Não recebemos as análises técnicas e muitas outras coisas”, afirmou.
De acordo com o deputado, entre os dados que faltaram estão as prestações de contas do banco e das oito empresas correspondente ao exercício de 1998. Beraldin afirmou que este foi justamente o ano em que o Banestado registrou seu prejuízo recorde de R$ 2,8 bilhões.
Ajuda técnica
A CPI requisitou ao Tribunal de Contas as prestações de contas e balanços financeiros do banco e das empresas, além de pareceres das auditorias realizadas em 1995 e 2000. O presidente da Comissão afirmou que Naigeboren poderá levar à CPI alguns técnicos do TC. “O Tribunal tem um corpo técnico bastante qualificado e, certamente, o presidente poderá precisar de auxílio para dar aos deputados as informações adicionais que faltaram na documentação que recebemos”, afirmou o deputado.
Beraldin disse que os dados do Tribunal de Contas podem ser decisivos para que os deputados possam ter uma noção mais precisa dos motivos que levaram o banco a entrar em insolvência e que provocou a privatização em 2000 (EC).