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CPI das Falências comprova denúncias obtidas na região Oeste do Estado

A CPI das Falências e Concordatas comprovou as denúncias obtidas antes das audiências no Oeste do Estado nesta quinta-feira (14). Em Cascavel, administradores judiciais da Ferropar calcularam um rombo de R$ 100 milhões para os cofres públicos do Governo do Paraná, credores e funcionários.

A empresa era concessionária da Ferroeste na região e faliu em 2006. Tinha como objetivo aumentar a malha ferroviária para Foz do Iguaçu e Guaíra. Deixou de cumprir o que foi determinado por contrato, causando grande prejuízo econômico para a região.

Em Foz do Iguaçu os integrantes da Comissão depararam-se com a insolvência Santa Casa Monsenhor Guilherme, em 2006. O presidente do sindicato dos ex-funcionários do hospital, Jaílson da Silva, relatou que os ex-administradores se apropriaram do dinheiro. Boa parte das verbas era enviada pelo governo via SUS (Sistema Único de Saúde).

Ele também contou que cerca de 600 funcionários enfrentam dificuldades de receber as verbas rescisórias devido a medidas judiciais dos atuais administradores da massa falida.  “Quanto mais mexemos nessa caixa preta, mais ficamos assustados com as irregularidades. Agora, descobrimos que dinheiro público para a saúde e desenvolvimento econômico foi simplesmente queimado por administrações mal intencionadas”, disse o presidente a CPI, deputado Fábio Camargo.

O resultado da investigação será repassado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ). Os trabalhos da CPI devem durar 120 dias, podendo ser estendidos por mais 90. Ainda assim, o tempo pode ser prorrogado, com autorização judicial.

A CPI das Falências e Concordatas iniciou seus trabalhos em 28 de fevereiro, em Curitiba. Depois passou por Araucária e Maringá. Ainda deve ser instalada em Paranaguá, Londrina e Ponta Grossa. O objetivo é recolher informações de como as massas falidas e concordatas funcionam no Paraná.

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