A CPI da Petrobras ouve o depoimento do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo na tarde desta quarta-feira, 15. A expectativa é que Cardozo explique o caso das escutas ilegais encontradas na Superintendência da Polícia Federal no Paraná e a condução das investigações da Operação Lava Jato.

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Os membros da comissão devem perguntar também sobre os encontros com advogados dos investigados e com o procurador-geral Rodrigo Janot. A oposição pretende questionar a recente reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e a presidente Dilma Rousseff em Portugal.

Cardozo é o primeiro ministro convocado pela CPI para falar sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Do governo, até o momento, só o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, veio à comissão. Em abril, Coutinho detalhou os investimentos do BNDES na Petrobras e esclareceu que o banco não havia concretizado o aporte financeiro na Sete Brasil.

A convocação de Cardozo foi aprovada na última quinta-feira, 9. O Palácio do Planalto queria evitar as convocações de Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), ministros que, caso fossem chamados pela CPI, simbolizariam a exposição direta da presidente Dilma. Já o PT trabalhou para impedir a vinda do ex-ministro José Dirceu.

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Amanhã será a vez de a CPI ouvir o Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, e o ministro da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão. Os deputados querem saber mais detalhes sobre a negociação de acordos de leniência com as empreiteiras.