Os deputados que integram a CPI do Banestado aprovaram ontem a quebra de sigilo bancário das empresas DM Construtora de Obras Ltda. e Rodoférrea Construtora de Obras Ltda., pertencentes ao grupo liderado pelo empreiteiro Darci Fantin.
A quebra de sigilo se refere ao período de 1996 a 2003. Segundo o Banco Central, estas empresas teriam realizado diversas operações consideradas irregulares com integrantes do banco estatal paranaense no governo passado.
Também foi aprovada a quebra do sigilo dos processos de ativos do Banestado incorporados pelo governo, no valor de R$ 1,5 bilhão, hoje sob a guarda da Agência de Fomento do Estado.
O Banco Central lista entre as irregularidades a realização de empréstimo sem garantia, descontos sobre saldo devedor sem fundamentação técnica e recebimento de títulos sem aceitação no mercado para quitar débitos. Ainda durante a reunião, os deputados aprovaram a quebra de sigilo das auditorias internas do banco, realizadas entre 1995 e 2000, envolvendo onze empresas que estão sendo investigadas pela comissão.
A próxima reunião da CPI foi marcada para terça-feira da próxima semana, quando deverão ser ouvidos quatro ex-diretores do banco que aprovaram as operações com a DM e a Rodoférrea: Oswaldo Rodrigues Batata, Sérgio Elói Druszcz, Gabriel Nunes Pires Neto e Alaor Alvim Pereira.