A Corte Interamericana de Direitos Humanos realiza hoje a primeira audiência do julgamento no qual o Brasil é acusado de violações de direitos humanos no episódio da guerrilha do Araguaia, na década de 70. A ação é movida por familiares de guerrilheiros, que reivindicam informações sobre a forma como eles foram mortos, a localização dos restos mortais e a punição dos agentes do Estado que cometeram violações de direitos humanos, como tortura e execução sumária.
Em dois dias de audiência serão ouvidas testemunhas dos familiares e do Estado brasileiro. No primeiro grupo aparece Laura Petit, que teve três irmãos mortos na guerrilha. No lado da defesa figura, entre outros, o nome de Sepúlveda Pertence, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele deverá falar sobre as ações de reparação já desenvolvidas pelo Estado. O resultado do julgamento deverá ser anunciado, provavelmente, em novembro.