O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reagiu com críticas à proposta do governo federal de trazer de volta a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) para garantir o superávit primário das contas públicas no ano que vem. “Ainda vou aguardar para verificar o conjunto das propostas do governo. O que a gente percebe é que o corte de gastos do governo é mais virtual, mas o aumento de impostos é real.”
Segundo ele, era preciso que o governo tivesse adotado as medidas de cortes de gastos antes de falar em aumentar impostos. “O governo fala em não dar aumento para funcionários, não contratar, mas o aumento de impostos é um fato real e num momento de grande dificuldade para a economia da população.”
Perguntado se apoiaria caso uma parte da receita do CPMF fosse repassada aos municípios, o governador disse que ainda não há uma proposta definida. “O que falta hoje no Brasil é financiamento federal. Na saúde, por exemplo, há uma crise de financiamento gravíssima e a União empurra o problema para o Estado e o município.” Segundo ele, o governo federal quer fazer superávit primário “em cima” dos Estados e municípios. “A tabela do SUS (Sistema Único de Saúde) não é reajustada há 20 anos, o que é uma irresponsabilidade total.”